• Prova de odio. Cadelinha tirou primeiro lugar.

    From Shadow@21:1/5 to All on Sat Mar 26 08:49:30 2022
    Um milhao de bolsonazistas tambem tiraram primeiro lugar. O que nao
    tira seu merito....

    //

    Airton Centeno: Como aprender a odiar os russos
    25/03/2022 - 16h32

    Como aprender a odiar os russos

    Odiar não exige nem prática nem habilidade. Odiar é fácil. Não cobra
    esforço intelectual – pelo contrário, pensar pode atrapalhar o bom
    curso do ódio.

    Basta portar-se como uma esponja absorvendo todo o ódio que nos é
    ofertado. O ódio da moda é dos russos. Quem odeia outra coisa, odeia
    errado.

    Temos excelentes professores desta disciplina que, aliás, não exige
    disciplina nenhuma.

    Parte das plataformas de mídia dos Estados Unidos – agências
    noticiosas, jornais, TV, filmes, rádios, livros, quadrinhos, sites – o
    melhor ódio encontrável no mercado. Dali esparrama-se pelo planeta.
    Não há quem explore melhor este filão, fazendo-nos mostrar a pior
    parte de nós mesmos.

    Atingiu um grau de excelência graças ao fato de que cedo madrugou no
    ódio. Começou adestrando o público interno mas logo ganhou o mundo.

    Seu primeiro grande momento tem mais de um século. Em 1915, o cinema
    estimulou os norte-americanos a odiar os negros. O Nascimento de uma
    Nação, de D.W. Griffith, é um clássico. Foi o primeiro filme exibido
    na Casa Branca. É também um dos filmes mais racistas jamais feitos.

    Sua exaltação à Ku Klux Klan teve tal impacto que a sociedade secreta
    que odiava negros, judeus e comunistas ressurgiu com força.

    Nos anos 1930, odiava-se tanto que, no Sul, até os alunos das escolas
    eram liberados para assistirem os linchamentos. As vítimas não raro
    eram castradas e esfoladas até a morte. Vendiam-se postais com negros pendurados em postes e árvores.

    Hollywood odiou tanto os índios que todas as crianças acreditavam que
    os peles-vermelhas eram os bandidos, tanto que até escalpelavam os
    peregrinos.

    Só mais tarde nos contaram que a prática fora uma ideia dos brancos e
    que os índios apenas reagiram à maldade. A partir do final dos anos
    1950, começa uma lenta reabilitação dos peles-vermelhas.

    Veio a II Grande Guerra e russos e alemães viraram alvo preferencial
    do ódio. Em 1940, nas tirinhas da revista Look, o Super-Homem acabava
    com o conflito prendendo Hitler e Stalin. Mas aconteceu Pearl Harbour,
    os EUA entraram na guerra e os russos viraram aliados e amigos para –
    quase – sempre.

    A vilania ficou por conta dos alemães e, sobretudo, dos japoneses. Era
    o “Perigo Amarelo”.

    Dentuços, olhos arregalados, traiçoeiros e de aparência repulsiva, os
    japoneses assim pintados nos gibis foram combatidos pelo Príncipe
    Submarino e o Tocha Humana.

    Na guerra também se alistaram Capitão Marvel, Tarzan, Mandrake, Flash
    Gordon e o Fantasma e outros heróis de papel. Com eles, partilhamos o
    mesmo ódio.

    Na Guerra Fria, os russos voltaram à moda com tudo. Os japoneses – que receberam duas bombas atômicas nas cabeças – viraram gente fina.

    O perigo mudara de cor. Agora era vermelho. É a cor mais temida – e
    odiada – em filmes como Red Menace (1949), Red Nightmare (1962) e Red
    Dawn (1984)

    O medo da ameaça externa também foi instilado por criaturas quase tão
    medonhas quanto os russos. Nos anos 1950, as telas dos cinemas do
    Ocidente receberam uma invasão de seres de outros mundos, todos com a
    péssima intenção de destruir nosso modo de vida.

    Os alienígenas serviram como comunistas metafóricos. Tivemos, então,
    que odiar os extraterrestres porque, assim, odiaríamos os russos.

    Como alvos alternativos do ódio pré-fabricado pela indústria cultural juntaram-se os chineses, os coreanos e os vietnamitas.

    Em 1960, os mexicanos entraram na linha de tiro no épico patriótico O
    Álamo, onde são exaltadas a virtude e a coragem dos estadunidenses na
    defesa do Texas, estado que roubaram do México. Mas o ódio alveja quem
    foi lesado.

    Velho caçador de índios, John Wayne mandou-se para o Vietnã em Os
    Boinas Verdes, de 1968, tentando ganhar no cinema uma guerra perdida
    na vida real.

    Top Gun, de 1986, acompanha Tom Cruise derrubando odiados Migs
    soviéticos. Em Rambo II, A Missão (1985), Sylvester Stallone segue os
    passos de John Wayne até o Vietnã para arrancar prisioneiros
    estadunidenses das odiadas garras vietnamitas.

    Rambo fará algo ainda melhor. Em 1988, chegará ao Afeganistão para, ao
    lado dos mujahedin, tornar-se o terror dos russos. Ou seja, vai
    encarar os vermelhos tendo Osama Bin Laden como aliado.

    Até então, os terroristas que, mais tarde tomarão o poder como
    talibãs, são gente como a gente.

    Aos poucos, surge outro pessoal digno de ser odiado: os árabes. Em De
    volta para o futuro (1985) os líbios querem matar o herói. No ano
    seguinte, os palestinos e libaneses são os vilões em Comando Delta.

    Em True Lies (1994) terroristas árabes ameaçam Arnold Schwartznegger. Compromisso de Honra (2000) coloca soldados norte-americanos impondo
    respeito no Iêmen.

    Também sobra para os latinos. Clint Eastwood desembarca com os marines
    na pequena ilha de Granada, no Caribe. É O destemido senhor da guerra
    (1986). Em Batman Ressurge (2012), o arquivilão é o hondurenho Bane.

    Mudando um tanto o foco, Atrás das linhas inimigas (2001) caça os
    sérvios. É a guerra nos Balcãs.

    Agora, os russos experimentam sua terceira onda de ódio. Tão vasta que
    cancela desde o balé Bolshoi a Dostoiesvski passando por Tchaikovsky e
    o estrogonofe.

    Com Vladimir Putin sendo descrito como uma encarnação mais cruel de
    Darth Vader, esperem só o que aprontará Hollywood. Talvez até os
    nazistas voltem a ser legais.

    *Ayrton Centeno é jornalista, trabalhou, entre outros, em veículos
    como Estadão, Veja, Jornal da Tarde e Agência Estado.

    <ou seja, direitista arrependido>

    //

    E ai Cadelinha, qual vai ser o proximo alvo? Os latinos de origem portuguesa/italiana/espanhola?
    Nos EUA ja sao? Entao ta.

    Num gibi/filme perto de voce. Nao perca.

    -------------------------------------------

    Quem apoia GOLPES trai o braZil.

    Tiraram o PT
    E o braZil sifu.

    #VOTEM_PT em 2022.
    []'s

    --
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  • From Metal God@21:1/5 to Shadow on Sat Mar 26 13:07:21 2022
    Shadow <Sh@dow.br> wrote:
    Um milhao de bolsonazistas tambem tiraram primeiro lugar. O que nao
    tira seu merito....

    //

    Airton Centeno: Como aprender a odiar os russos
    25/03/2022 - 16h32

    Como aprender a odiar os russos

    Odiar não exige nem prática nem habilidade. Odiar é fácil. Não cobra esforço intelectual – pelo contrário, pensar pode atrapalhar o bom
    curso do ódio.

    Basta portar-se como uma esponja absorvendo todo o ódio que nos é
    ofertado. O ódio da moda é dos russos. Quem odeia outra coisa, odeia errado.

    Temos excelentes professores desta disciplina que, aliás, não exige disciplina nenhuma.

    Parte das plataformas de mídia dos Estados Unidos – agências
    noticiosas, jornais, TV, filmes, rádios, livros, quadrinhos, sites – o melhor ódio encontrável no mercado. Dali esparrama-se pelo planeta.
    Não há quem explore melhor este filão, fazendo-nos mostrar a pior
    parte de nós mesmos.

    Atingiu um grau de excelência graças ao fato de que cedo madrugou no
    ódio. Começou adestrando o público interno mas logo ganhou o mundo.

    Seu primeiro grande momento tem mais de um século. Em 1915, o cinema estimulou os norte-americanos a odiar os negros. O Nascimento de uma
    Nação, de D.W. Griffith, é um clássico. Foi o primeiro filme exibido
    na Casa Branca. É também um dos filmes mais racistas jamais feitos.

    Sua exaltação à Ku Klux Klan teve tal impacto que a sociedade secreta
    que odiava negros, judeus e comunistas ressurgiu com força.

    Nos anos 1930, odiava-se tanto que, no Sul, até os alunos das escolas
    eram liberados para assistirem os linchamentos. As vítimas não raro
    eram castradas e esfoladas até a morte. Vendiam-se postais com negros pendurados em postes e árvores.

    Hollywood odiou tanto os índios que todas as crianças acreditavam que
    os peles-vermelhas eram os bandidos, tanto que até escalpelavam os peregrinos.

    Só mais tarde nos contaram que a prática fora uma ideia dos brancos e
    que os índios apenas reagiram à maldade. A partir do final dos anos
    1950, começa uma lenta reabilitação dos peles-vermelhas.

    Veio a II Grande Guerra e russos e alemães viraram alvo preferencial
    do ódio. Em 1940, nas tirinhas da revista Look, o Super-Homem acabava
    com o conflito prendendo Hitler e Stalin. Mas aconteceu Pearl Harbour,
    os EUA entraram na guerra e os russos viraram aliados e amigos para –
    quase – sempre.

    A vilania ficou por conta dos alemães e, sobretudo, dos japoneses. Era
    o “Perigo Amarelo”.

    Dentuços, olhos arregalados, traiçoeiros e de aparência repulsiva, os japoneses assim pintados nos gibis foram combatidos pelo Príncipe
    Submarino e o Tocha Humana.

    Na guerra também se alistaram Capitão Marvel, Tarzan, Mandrake, Flash Gordon e o Fantasma e outros heróis de papel. Com eles, partilhamos o
    mesmo ódio.

    Na Guerra Fria, os russos voltaram à moda com tudo. Os japoneses – que receberam duas bombas atômicas nas cabeças – viraram gente fina.

    O perigo mudara de cor. Agora era vermelho. É a cor mais temida – e
    odiada – em filmes como Red Menace (1949), Red Nightmare (1962) e Red
    Dawn (1984)

    O medo da ameaça externa também foi instilado por criaturas quase tão medonhas quanto os russos. Nos anos 1950, as telas dos cinemas do
    Ocidente receberam uma invasão de seres de outros mundos, todos com a péssima intenção de destruir nosso modo de vida.

    Os alienígenas serviram como comunistas metafóricos. Tivemos, então,
    que odiar os extraterrestres porque, assim, odiaríamos os russos.

    Como alvos alternativos do ódio pré-fabricado pela indústria cultural juntaram-se os chineses, os coreanos e os vietnamitas.

    Em 1960, os mexicanos entraram na linha de tiro no épico patriótico O Ãlamo, onde são exaltadas a virtude e a coragem dos estadunidenses na defesa do Texas, estado que roubaram do México. Mas o ódio alveja quem
    foi lesado.

    Velho caçador de índios, John Wayne mandou-se para o Vietnã em Os
    Boinas Verdes, de 1968, tentando ganhar no cinema uma guerra perdida
    na vida real.

    Top Gun, de 1986, acompanha Tom Cruise derrubando odiados Migs
    soviéticos. Em Rambo II, A Missão (1985), Sylvester Stallone segue os passos de John Wayne até o Vietnã para arrancar prisioneiros
    estadunidenses das odiadas garras vietnamitas.

    Rambo fará algo ainda melhor. Em 1988, chegará ao Afeganistão para, ao lado dos mujahedin, tornar-se o terror dos russos. Ou seja, vai
    encarar os vermelhos tendo Osama Bin Laden como aliado.

    Até então, os terroristas que, mais tarde tomarão o poder como
    talibãs, são gente como a gente.

    Aos poucos, surge outro pessoal digno de ser odiado: os árabes. Em De
    volta para o futuro (1985) os líbios querem matar o herói. No ano
    seguinte, os palestinos e libaneses são os vilões em Comando Delta.

    Em True Lies (1994) terroristas árabes ameaçam Arnold Schwartznegger. Compromisso de Honra (2000) coloca soldados norte-americanos impondo
    respeito no Iêmen.

    Também sobra para os latinos. Clint Eastwood desembarca com os marines
    na pequena ilha de Granada, no Caribe. É O destemido senhor da guerra (1986). Em Batman Ressurge (2012), o arquivilão é o hondurenho Bane.

    Mudando um tanto o foco, Atrás das linhas inimigas (2001) caça os
    sérvios. É a guerra nos Balcãs.

    Agora, os russos experimentam sua terceira onda de ódio. Tão vasta que cancela desde o balé Bolshoi a Dostoiesvski passando por Tchaikovsky e
    o estrogonofe.

    Com Vladimir Putin sendo descrito como uma encarnação mais cruel de
    Darth Vader, esperem só o que aprontará Hollywood. Talvez até os
    nazistas voltem a ser legais.

    *Ayrton Centeno é jornalista, trabalhou, entre outros, em veículos
    como Estadão, Veja, Jornal da Tarde e Agência Estado.

    <ou seja, direitista arrependido>

    //

    E ai Cadelinha, qual vai ser o proximo alvo? Os latinos de origem portuguesa/italiana/espanhola?
    Nos EUA ja sao? Entao ta.

    Num gibi/filme perto de voce. Nao perca.

    -------------------------------------------

    Quem apoia GOLPES trai o braZil.

    Tiraram o PT
    E o braZil sifu.

    #VOTEM_PT em 2022.
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    Ahahahaha, se bobear, esse povo ainda vai justificar Hitler e o nazismo. Tá loko!

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