Parabéns polo trabalho.
Dá-me azos para continuar.
No longo da vida foram duvidas medos, solidão e afirmação na minha
posse a respeito da língua. Essa eterna dúvida tão galega e que tão bem exprime Antia Cortiças quando di, no vídeo que o problema é:
Aceitar-mo-nos, ser-mos. Sem necessidade de nos esconder detrás dum X
para poder pronunciar os nossos sons que são diferentes aos
castelhanos. Ou para que estes não se confundam ao ler os letreiros de
São Genjo. Encontrei bem acertado lembrar vozes em uso como o de irmão, chão, mãe, que é como se fala em Lugo e sem a gente serem lusistas nem
nada parecido.
Creio que o argumento de sermos língua Galega- Portuguesa é um acerto.
Mas também creio que bastava com arguir sermos uma língua românica como outra qualquer. O resultado ir iria conduzir para o mesmo resultado. Os símbolos como j ou g deveriam serem aceites na nossa grafia e
pronunciar-se como qualquer uma língua românica a exceto da castelhana
. Nós, as galegas, não deveríamos acolher-nos a essa exceção para oficializar a nossa língua.
Eu sou reintegracionista por coerência e porque sou nacionalista. Não
sou um subproduto do castelhano, pelo que não tenho porque aceitar para
a minha língua, escrita desde antes que aquela se escrevesse, as mesmas soluções gráficas e fonéticas que o castelhano. O galego que
oficializou a Academia e o Instituto da Língua acaba por ser um
subproduto deste idioma, o Castellano.
E não entendo como isso não é visto pelos nacionalistas e escuto as
líderes políticas dizer Feijó pronunciado à espanhola como jueves ou abuela.
Os catalães deram-nos uma lição de dignidade exibindo os seus símbolos gráficos j e ge gi pronunciando-os como qualquer língua românica (com
os pequenos matizes que as diferenciam) fugindo da excepcionalidade da pronuncia do castelhano. E fomos apreendendo, pela rádio e a Tv que
Jordi ou Girona têm pronuncia diferente dessa guturalidade espanhola
que não existe nas outras línguas de origem românico como é o caso do Galego. Como dizia o Padre Sarmiento: "O galego não tem esses sons
expúreos importados no latim que o castellano tem". Pelo tanto, termos
que escrever com X o que deveria ser com j ou g para podermos
pronunciar á galega, creio que é uma derrota antes de começar ; uma
renuncia ao nosso passado. Em definitivo, um exercício de colonialismo interior, do que nem a maioria das galegas não é ou não somos
conscientes.
Bem, gosto de ver que a luta que empreendemos uns /umas há bem anos
continua e vai gerando novos elementos dinamizadores. Como digo mais
acima, às vezes sente-se a solidão e a impotência.
Parabéns polo vídeo e polo vosso trabalho.
About Latest Posts José Paz RodriguesÉ Professor de EGB em excedência, licenciado em Pedagogia e graduado pela Universidade Complutense de
Madrid. Conseguiu o Doutoramento na UNED com a Tese Tagore, pioneiro da
nova educação. Foi professor na Faculdade de Educação de Ourense (Universidade de Vigo); professor-tutor de Pedagogia e Didática no
Centro Associado da UNED de Ponte Vedra desde o curso 1973-74 até à atualidade; subdiretor e mais tarde diretor da Escola Normal de
Ourense. Levou adiante um amplíssimo leque de atividades educativas e
de renovação pedagógica. Tem publicado inúmeros artigos sobre temas educativos e Tagore nas revistas O Ensino, Nós, Cadernos do Povo, Vida Escolar, Comunidad Educativa, Padres y Maestros, BILE, Agália, Temas de
O ensino, The Visva Bharati Quarterly, Jignasa (em bengali)... Artigos
sobre tema cultural, nomeadamente sobre a Índia, no Portal Galego da
Língua, A Nosa Terra, La Región, El Correo Gallego, A Peneira,
Semanário Minho, Faro de Vigo, Teima, Tempos Novos, Bisbarra,
Ourense... Unidades didáticas sobre Os magustos, Os Direitos Humanos, A
Paz, O Entroido, As árvores, Os Maios, A Mulher, O Meio ambiente;
Rodrigues Lapa, Celso Emílio Ferreiro, Carvalho Calero, São Bernardo e
o Cister em Ourense, em condição de coordenador do Seminário Permanente
de Desenho Curricular dos MRPs ASPGP e APJEGP. Latest posts by José
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de Fevereiro de 2017
?post Um excelente trabalho que dá azos para seguir na defesa do nosso
idioma aparece primeiro no Portal Galego da Língua - PGL.gal.
http://pgl.gal/um-excelente-trabalho-da-azos-seguir-na-defesa-do-idioma/
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Eduardo
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