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    From JEMM@21:1/5 to All on Wed Mar 1 11:03:37 2017
    Parabéns polo trabalho.

    Dá-me azos para continuar.

    No longo da vida foram duvidas medos,  solidão e afirmação na minha
    posse a respeito da língua. Essa eterna dúvida tão galega e que tão bem exprime Antia Cortiças quando di, no vídeo que o problema é:
    Aceitar-mo-nos, ser-mos. Sem necessidade de nos esconder detrás dum X
    para poder pronunciar os nossos sons que são diferentes aos
    castelhanos. Ou para que estes não se confundam ao ler os letreiros de
    São Genjo. Encontrei bem acertado lembrar vozes em uso como o de irmão, chão, mãe, que é como se fala em Lugo e sem a gente serem lusistas nem
    nada parecido.

    Creio que o argumento de sermos língua Galega- Portuguesa é um acerto.
    Mas também creio que bastava com arguir sermos uma língua românica como outra qualquer. O resultado ir iria conduzir para o mesmo resultado. Os símbolos como j ou g deveriam serem aceites na nossa grafia e
    pronunciar-se como qualquer uma língua românica a exceto da castelhana
    . Nós, as galegas, não deveríamos acolher-nos a essa exceção para oficializar a nossa língua.

    Eu sou reintegracionista por coerência e porque sou nacionalista. Não
    sou um subproduto do castelhano, pelo que não tenho porque aceitar para
    a minha língua, escrita desde antes que aquela se escrevesse, as mesmas soluções gráficas e fonéticas que o castelhano. O galego que
    oficializou a Academia e o Instituto da Língua acaba por ser um
    subproduto deste idioma, o Castellano.

    E não entendo como isso não é visto pelos nacionalistas e escuto as
    líderes políticas dizer Feijó pronunciado à espanhola como jueves ou abuela.

    Os catalães deram-nos uma lição de dignidade exibindo os seus símbolos gráficos j e ge gi pronunciando-os como qualquer língua românica (com
    os pequenos matizes que as diferenciam) fugindo da excepcionalidade da pronuncia do castelhano. E fomos apreendendo, pela rádio e a Tv que
    Jordi ou Girona têm pronuncia diferente dessa guturalidade espanhola
    que não existe nas outras línguas de origem românico como é o caso do Galego. Como dizia o Padre Sarmiento: "O galego não tem esses sons
    expúreos importados no latim que o castellano tem". Pelo tanto, termos
    que escrever com X o que deveria ser com j ou g para podermos
    pronunciar á galega, creio que é uma derrota antes de começar ; uma
    renuncia ao nosso passado. Em definitivo, um exercício de colonialismo interior, do que nem a maioria das galegas não é ou não somos
    conscientes.

    Bem, gosto de ver que a luta que empreendemos uns /umas  há bem anos
    continua e vai gerando novos elementos dinamizadores. Como digo mais
    acima, às vezes sente-se a solidão e a impotência.

    Parabéns polo vídeo e polo vosso trabalho.

    About Latest Posts José Paz RodriguesÉ Professor de EGB em excedência, licenciado em Pedagogia e graduado pela Universidade Complutense de
    Madrid. Conseguiu o Doutoramento na UNED com a Tese Tagore, pioneiro da
    nova educação. Foi professor na Faculdade de Educação de Ourense (Universidade de Vigo); professor-tutor de Pedagogia e Didática no
    Centro Associado da UNED de Ponte Vedra desde o curso 1973-74 até à atualidade; subdiretor e mais tarde diretor da Escola Normal de
    Ourense. Levou adiante um amplíssimo leque de atividades educativas e
    de renovação pedagógica. Tem publicado inúmeros artigos sobre temas educativos e Tagore nas revistas O Ensino, Nós, Cadernos do Povo, Vida Escolar, Comunidad Educativa, Padres y Maestros, BILE, Agália, Temas de
    O ensino, The Visva Bharati Quarterly, Jignasa (em bengali)... Artigos
    sobre tema cultural, nomeadamente sobre a Índia, no Portal Galego da
    Língua, A Nosa Terra, La Región, El Correo Gallego, A Peneira,
    Semanário Minho, Faro de Vigo, Teima, Tempos Novos, Bisbarra,
    Ourense... Unidades didáticas sobre Os magustos, Os Direitos Humanos, A
    Paz, O Entroido, As árvores, Os Maios, A Mulher, O Meio ambiente;
    Rodrigues Lapa, Celso Emílio Ferreiro, Carvalho Calero, São Bernardo e
    o Cister em Ourense, em condição de coordenador do Seminário Permanente
    de Desenho Curricular dos MRPs ASPGP e APJEGP. Latest posts by José
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    ?post Um excelente trabalho que dá azos para seguir na defesa do nosso
    idioma aparece primeiro no Portal Galego da Língua - PGL.gal.

    http://pgl.gal/um-excelente-trabalho-da-azos-seguir-na-defesa-do-idioma/

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    Eduardo
    Sorocaba,SP-Brasil - www.alt119.net

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