O recente terremoto acontecido na Itália e o facto de que na data de 13 de outubro se comemore o "Dia Internacional para a Redução de Desastres Naturais", faz-nos refletir no importante que é sensibilizar as crianças nos estabelecimentos de ensino
sobre os diferentes e variados desastres que periodicamente têm lugar no nosso planeta Terra.
Em especial, as mulheres e meninas são essenciais para reduzir os desastres naturais. O Dia Internacional para a Redução de Desastres Naturais tem como objetivo sensibilizar todos os cidadãos do mundo sobre a importância de tomar medidas para
reduzir ou mitigar o risco de desastres naturais. Os especialistas da ONU explicam que representam perto de metade da população mundial e são muitas vezes as mais afetadas pela desigualdade de gênero. Os responsáveis pelo organismo internacional
também destacam que "a experiência, conhecimento e experiência das mulheres são muito valiosos no desenvolvimento de estratégias relevantes na redução de riscos e adaptação às alterações climáticas".
O impacto dos desastres naturais vai em ascensão. As estatísticas amostram o dano crescente causado por desastres naturais em todo o mundo nos últimos anos. De acordo com um relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEA), entre 1998 e 2009, os
desastres naturais causaram perto de 100 000 mortes, afetaram mais de 11 milhões de pessoas e os prejuízos económicos ascenderam a perto de 150 000 milhões de euros. Vagas de calor, inundações e terremotos foram os desastres naturais de maiores
mortes e danos causados na Europa, e alguns dos piores desastres ecológicos tiveram como cenário as Américas. Antonio Cendrero, Professor de Geodinâmica da Universidade de Cantábria, observa que o número de perdas aumentou 25 % em todo o mundo: "
Embora nos últimos 50 anos tenha aumentado bastante o conhecimento científico e a capacidade tecnológica, a nossa gestão destes processos não está funcionando como seria de desejar. Em algum caso somos confrontados com uma gestão catastrófica".
De acordo com Jorge Olcina, climatologista da Universidade de Alicante (UA) e especialista em desastres naturais, a chave é que aumentou o risco para eles: "O número de desastres naturais não aumentou significativamente nas últimas décadas no
entanto, os efeitos económicos e sociais catastróficos, de facto, aumentaram, devido ao ser humano, que criou novas áreas de risco".
A prevenção pode salvar vidas. Os especialistas em desastres gostariam de salientar que uma das medidas mais eficazes para reduzir ou mitigar o impacto de um desastre é a prevenção. Para começar, os cidadãos devem evitar a construção de edifí
cios e infraestruturas em áreas de risco, e a este respeito, os chamados mapas de risco, normalmente elaborados pelas administrações públicas e disponíveis para serem consultados por todos, são de grande utilidade. Por seu lado, as instituições
devem realizar exercícios e planos educacionais para a população, especialmente nas escolas e locais de trabalho. Também municípios e outras entidades locais devem ter equipas de resgate com formação específica que contribua para agir o mais
rapidamente e eficaz possível num desastre.
Pela Resolução 44/236 (22 Dezembro de 1989), a Assembleia Geral designou a segunda quarta-feira de Outubro como Dia Internacional para Redução de Desastres Naturais. O Dia Internacional deveria ser observado anualmente durante a Década Internacional
para Redução de Desastres Naturais, de 1990 a 1999. Pela resolução 64/200 de 21 de Dezembro de 2009, a Assembleia Geral decidiu designar o 13 de outubro como a data para comemorar a data e alterar o nome do Dia para Dia Internacional para a Redução
de Desastres. O objetivo da observância é aumentar a consciência de como as pessoas tomam medidas para reduzir o risco de desastres. Em 2011 já houve a preocupação de sensibilizar as crianças sobre este importante tema, pelo que o lema da campanha
foi: "Fazer das Crianças e Jovens Parceiros para a Redução do Risco de Desastres". Nada mais e nada menos que 66,5 milhões de crianças são afetadas anualmente por desastres. Porque é difícil para eles lidar com interrupções inesperadas e
dolorosas para as suas vidas, eles muitas vezes são mais afetados que os adultos. Vítimas de desastres e mudanças climáticas, as crianças e os jovens podem e devem ser encorajados a participar na redução de desastres e tomada de decisão.
Entrando na ligação os-maiores-desastres-naturais-da-ultima-decada podem ver-se os últimos desastres naturais que houve no mundo, e mesmo com fotos dos mesmos.
FICHAS TÉCNICAS DOS 2 FILMES :
  1.-Título: O Impossível (Lo imposible / The Impossible).
Diretor: Juan Antonio Bayona (Espanha-EUA, 2012, 114 min., colorido).
Roteiro: Sergio G. Sánchez, segundo o relato de Maria Belón.
Fotografia: Óscar Faura. Música: Fernando Velázquez.
Produtoras: Telecinco Cinema e Apaches Entertainment.
Nota: Pode ser olhado entrando em: https://www.youtube.com/watch?v=gM1s3s6p_aU Atores: Naomi Watts (Maria Belón), Ewan McGregor (Henry Belón), Tom Holland (Lucas Belón), Geraldine Chaplin (senhora), Oaklee Pendergast (Simón Belón), Samuel Joslin (Tomas Belón), Sönke Möhring (Karl), Emilio Riccardi (Morten Benstrom), Dominic
Power, Olivia Jackson, Natalie Lorence, Nicola Harrison, Bruce Blain, Johan Sundberg, Teo Quintavalle, Jan Roland Sundberg e Marta Etura.
Prémio: No National Board of Review (NBR) de 2012, melhor ator revelação para Tom Holland. Teve numerosas nomeações para os óscars, os globos de ouro e os Goya.
Argumento: O casal Maria e Henry está aproveitando as férias de inverno na Tailândia junto com os três filhos pequenos. Mas na manhã de 26 de dezembro de 2004, enquanto curtiam aquele paraíso após uma linda noite de Natal, um tsunami de proporçõ
es devastadoras atinge o local, arrastando tudo o que encontra pela frente. Separados em dous grupos, a mãe e o filho mais velho vão enfrentar situações desesperadoras para se manterem vivos, enquanto em algum outro lugar, o pai e as duas crianças
menores não têm a menor ideia se os outros dous estão vivos. É quando eles começam a viver uma trágica lição de vida, movida pela esperança do reencontro e misturando os mais diversos sentimentos.
EXISTE NA REALIDADE A VERDADEIRA FAMÃLIA DO FILME O IMPOSSÃVEL :
Quando teve lugar a sua estreia o filme deixou muitas pessoas sensibilizadas e curiosas para saber sobre a verdadeira família vítima do Tsunami. O casal de Maria e Henry estavam aproveitando as férias de inverno na Tailândia junto com os três filhos
pequenos. Mas na manhã de 26 de dezembro de 2004, enquanto curtiam aquele paraíso após uma linda noite de Natal, um tsunami de proporções devastadoras atingiu o local, arrastando tudo o que encontrou pela frente. Separados em dous grupos, a mãe e o
filho mais velho vão enfrentar situações desesperadoras para se manterem vivos, enquanto em algum outro lugar, o pai e as duas crianças menores não têm a menor ideia se os outros dous estão vivos. É quando eles começam a viver uma trágica liçã
o de vida, movida pela esperança do reencontro e misturando os mais diversos sentimentos. A verdadeira família de sobreviventes é composta por Enrique, Maria, Tomas, Lucas e Simon Belon. Apesar de todo o terror sofrido pela família todos estão bem,
os filhos escolheram profissões filantrópicas e como marca da tragédia, Maria teve um pedaço da perna amputado.
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  2.-Título: O Desejo da Minha Alma (Hitono Nozomino Yorokobiyo).

Diretor: Masakazo Sugita (Japão, 2014, 85 min., colorido).
Roteiro: Masakazu Sugita. Produtores: Yasuhiro Miyoshi e Yuko Miyoshi.
Música: Shingo Inaoka. Fotografia: Yoshio Kitagawa.
Atores: Ayane Ohmori (Haruna), Ruko Oishi (Shota), Nahoko Yoshimoto, Kôichirô Nishi, Hiroshi Araki, Ritsuko Kôno, Shunpei Ohba e Kyôsuke Watanabe.
Argumento: O Japão é acometido por um terremoto. A destruição física é massiva e também devastadora psicologicamente para aquelas pessoas que sobreviveram. E é no meio dessa desolação que estão os irmãos Haruna e Sotha. Eles perderam os pais
no desastre e passam a ser criados pelos tios. O novo lar é acolhedor, mas mesmo assim os irmãos não conseguem se sentir felizes. Este grande terremoto atingiu o Japão e deixou milhares de pessoas mortas e feridas. A pequena Haruna e seu irmão Sotha
ficam órfãos, e são acolhidos pelos tios, que cuidam muito bem deles. Mas as crianças não conseguem se acostumar à vida sem os pais. Haruna tem problemas na nova escola, e Sotha não compreende que o pai e a mãe realmente se foram.
UM FILME TRISTE E BELO AO MESMO TEMPO :
O brasileiro Celso Sabadin escreveu um acertado depoimento sobre a ópera prima fílmica do japonês Sugita. Do mesmo recolhemos alguns treitos. Logo na primeira cena de O Desejo da Minha Alma já é possível perceber a carga da intensidade dramática
desta belíssima produção japonesa: uma câmara nervosa, tensa e trêmula, persegue em planos fechados o desespero de um pequeno par de mãos tentando escavar os escombros de uma casa destruída. Não é necessário muito tempo para o espectador atento
fazer a ligação: Japão + escombros = terremoto. Ou tsunami, não importa. O que importa é a devastação. Uma devastação que jamais é espetacularizada pelo diretor Masakazu Sugita. Pelo contrário: não se vê terremoto, não se vê tsunami, aliá
s, mal se vê a casa. Ao centralizar toda a sua dramaticidade na figura da menina Haruna, descartando qualquer possibilidade de exploração superficial de imagens espetaculares, midiáticas e/ou aterrorizantes, Sugita escancara sua bem-vinda opção de
esmiuçar um outro tipo de devastação, esta ainda mais pungente: a perda de seres queridos, o abandono, o vazio. E o faz com talento e sutileza notáveis, principalmente se levarmos em conta que se trata de um diretor estreante. Não bastasse a dor de
Haruna, o roteiro - também de autoria de Sugita - ainda nos revela uma nova camada de dor: como dar a notícia para o irmão caçula, Shota, que não tira dos lábios o delicioso sorriso infantil dos inocentes. Óbvio, trata-se de um filme tristíssimo,
provavelmente o mais doloroso da temporada, mas O Desejo da Minha Alma faz desta tristeza um belíssimo painel poético sobre relações familiares. Sem nenhum tipo de exploração sentimentaloide, e com a explícita exposição da rigidez e da fortaleza
de caráter que tanto marcam a cultura japonesa. Além, é claro, de comprovar mais uma vez o talento que historicamente o cinema do Japão tem em trabalhar com crianças. São impressionantes estes japoneses! O Desejo da Minha Alma foi escolhido como o
melhor filme no Geração Kplus do Festival de Berlim, uma premiação concedida por um júri juvenil.

CLASSIFICAÇÃO DOS DESASTRES NATURAIS:
Os desastres naturais são classificados em:
Tempestades: São tempestades de chuvas, neve, granizo, areia, raios e podem ser altamente destrutivas, dependendo da quantidade precipitada (chuvas torrenciais) e da força que apresentam. Podem levar a situações catastróficas tal qual, o
deslizamento de terras, de gelo, caída de árvores ou torres de energia, dentre outros.
Terremotos (Sismos) e Maremotos (Tsunamis): Também chamados de abalos sísmicos, representam fenômenos de vibração brusca e passageira da superfície da Terra, que ocorrem por meio da movimentação das placas rochosas, bem como da atividade vulcÃ
¢nica e dos deslocamentos de gases no interior da Terra. Os maremotos ou tsunamis são os terremotos que acontecem dentro dos mares, provocando imensas deslocações de água.
Furacões, Ciclones e Tufão: Fenômenos intensificados pelas massas de ar, os quais, dependendo da força que atingem, podem arrasar cidades inteiras.
Seca: Intensificada nos últimos anos com o aquecimento global, a seca tornou-se um problema enfrentado por muitos grupos pelo mundo. Dessa forma, as alterações climáticas têm demostrado que diversas foram as consequências das ações humanas
durante séculos no planeta, gerando problemas como a seca e consequentemente à expansão do processo de desertificação.
Erupções Vulcânicas: As erupções vulcânicas são perigosas na medida em que a lava expelida pelos vulcões é tão quente que pode destruir comunidades, vegetais e animais, dependendo do local que atuam.
Inundações: As inundações ou enchentes são fenômenos da natureza, intensificados pela ação humana e que vem aumentando de maneira significativa nas últimas décadas. Um exemplo é o excesso de lixo, os quais entopem os bueiros, impedindo a
passagem de água. As enchentes e inundações, causadas pelo aumento de quantidade das chuvas e impedimento da evacuação, provocam desabamentos que podem levar a morte de milhares de pessoas, além de grande destruição.
Alguns dos principais desastres naturais que marcaram o mundo na atualidade foram:
Sismo e Tsunami na Indonésia: em 26 de dezembro de 2004, um terremoto de magnitude 9 devastou grande parte da costa oeste de Sumatra, na Indonésia. O terceiro maior maremoto do mundo, atingiu cerca de quinze países da região, resultando na morte
de mais de 230 mil pessoas.
Furacão Katrina: em 29 de agosto de 2005, nos Estados Unidos, surge um enorme furacão de categoria 5, responsável por destruir parte da região litorânea sul do país. A velocidade dos ventos ultrapassaram 280 quilômetros por hora e resultou na
morte de duas mil pessoas.
Terremoto do Haiti: em 12 de janeiro de 2010, Porto Príncipe, a capital do Haiti foi atingida por um terremoto de magnitude 7, levando a morte de mais de 200 mil pessoas.
Terremoto de Nepal: em 25 de abril de 2015, de magnitude 8, com mais de 7 mil vítimas e muitos danos materiais.
Terremoto de Amatrice-Perúgia (Itália): muito recente, acontecido no passado mês de agosto, com mais de 260 pessoas falecidas, e que teve uma magnitude de 6,2.
TEMAS PARA REFLETIR E REALIZAR:
Servindo-se da técnica do Cinema-fórum, analisar e debater sobre a forma (linguagem cinematográfica: planos, contraplanos, panorâmicas, movimentos de câmara, jogo com o tempo e o espaço, truques cinematográficos, etc.) e o fundo dos dous filmes
antes resenhados.
Organizamos no nosso centro de ensino, com a colaboração de estudantes e docentes, uma ampla amostra sobre a grande variedade de desastres naturais que existem no mundo. A mesma há ter que incluir desenhos, poemas, frases, textos, aforismos, fotos,
cartazes, murais e retalhos de imprensa de desastres reais acontecidos nos últimos tempos em distintos lugares da Terra. Com os materiais recolhidos e elaborados podemos editar ou policopiar uma monografia sobre o tema.
Organizamos com os estudantes dos diferentes níveis do ensino, adaptando-nos, como é natural, à sua etapa evolutiva psíquica, social e intelectual, um Plano de Atividades Didáticas ao redor do tema dos desastres naturais. O plano pode incluir
para realizar, entre outras, as seguintes atividades:
- Elaboração em equipa de um grande mural que recolha fotos e desenhos de diferentes tipos de desastres naturais.
- Desenho de uma hipotética campanha solidária de apoio e ajuda aos danificados de um grande desastre natural (terremoto, erupção vulcânica, inundação, furacão, etc.).
- Elaboração de um grande mapa-múndi, destacando aqueles territórios mais propensos a desastres naturais, pela sua configuração: grandes cordilheiras (Andes, Himalaia, Alpes, etc.) para terremotos e erupções vulcânicas), grandes desertos,
especialmente para as secas, grandes oceanos para os tsunamis, como o Ãndico, ou as tormentas do "Ninho" no Atlântico.
- Relacionamento do tema dos desastres com os conteúdos do currículo oficial das disciplinas de geografia, história e, em especial, ciências.
- Organização dum certame literário escolar sobre o tema no qual os estudantes possam participar com poemas, textos livres, fábulas, contos, lendas, etc.
- Elaboração de várias monografias, seguindo o modelo da biblioteca de trabalho de Freinet. Os alunos por grupos redigem as mesmas, escolhendo o desastre natural da sua preferência, para ser estudado em cada monografia ou "BT". Para procurar
informações podem aproveitar a internet.
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O post SENSIBILIZAR AS CRIANÇAS SOBRE OS DESASTRES NATURAIS aparece primeiro no Portal Galego da Língua - PGL.gal.

http://pgl.gal/sensibilizar-as-criancas-os-desastres-naturais/

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